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Voar, Voar, Voar


Pintura: Sr. do Vale
2,50m x 1,50m


Num refazer constante do olhar
Trafego por horizonte infinitamente belo
No colorido semblante do mar
Encimado por céu de encanto singelo
Já me perco outra vez sem o saber
Sem o sabor que me atraía outrora
Infeliz por não conseguir-me conter
Sintonizo a áurea que se dá agora
Então me encontro embebido em cores
Num vôo silente, nas "partículas do sentido"
Enquadrando minhas emoções
Na profundeza da paisagem singular
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Quanta paz nessa planagem
nesse voar infinito
Pode-se ouvir o suave som
do bater de asas
.
Não há pressa de chegada
Apenas o prazer do vôo
Liberdade de sentidos
Céu de puro colorido
.
O vento é suave brisa
que facilita o vôo
Vôa, doce pássaro
Alcança o infinito de seu sonho.
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Em pleno som soa
Límpido
Canto
.
Suave divino voa
Ave plaina
Num azul céu
Ave voa
.
Abraça o vento
Nas asas abertas
De penas cobertas
.
Poder ver de cima
Atingir o som soa
.
Suave voa.

Voar, Voar, Voar...

Desenho: Sr. do Vale

Vula, e foi-se.
Desprendendo-se.
Ao mesmo tempo.
Já.

Prende-se,
do outro lado, Eu.

Raio, vula, voa.
Eras e eras.
Ano luz.

Na janela pequenina,
o brilho.
Ninguém vê.

Sente, sobre o céu.
Dentro.

Evidência

Pintura: Sr. do Vale
0,72m x 0,54m

Desaguar terras
Em um solo revolto de
águas terrestres.
.
Os passos afetuosos
cedem à lua vermelha
o brilho de seus sentidos.
.
Paradoxos vividos
sob a mansa tez
do homem sem evidência.
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Eis que vejo
Um astro vermelho
Uma estrela em decadência
Mar e céu sem horizonte
Surreal evidência
Que me encontro em pleno sonho
De irreal incandescência
Posto que sonho, voo lento
Do cinzento leito praiano
Ao altiplano ventanoso
De verde luminescência
Me perco nas entranhas
De estranhas reminiscências
Então me dou conta, ao pensar
Que estou no obscuro limiar
Entre os reinos do Sonhar
E à luz do acordar
A Magia se faz Ciência
Ainda me sinto a voar
Arrisco um riso ao lembrar
De uma estrela vermelha
A centelha a esbrasear
As cinzas da evidência
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UTOPIA
.
Num firmamento utópico,
Sobe um fantistico foguete,
Através de uma nuvem
Com o conteúdo de uma vida branca.
No horizonte de um olho,
O mutante vai sumindo e assumindo,
Nos incontiveis séculos que passam
Como paginas de um livro grosso e santo.
E no espaço arqui-sideral,
Um pássaro de fogo avança sem parar,
À procura de outros mundos, outras vidas,
Onde a vida e a morte sejam livres!
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Viajei ao centro da terra
e encontrei um homem que lambia a água
que por uma fenda feita na terra escorria.
Viajei ao centro do homem
e encontrei um lamento sedento.
A vida esparramada em cores,
sentimentos,
temperaturas e sabores.
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A dor é evidente
o abismo é evidente
é evidente que desmanchamos as encostas
o limo escorre lento e esverdeado.
.
A evidência do perfil disforme
o reflexo inconcluso abaixo
a linha azul do céu
o solitário planeta vermelho.
.
Tudo nessa imagem evidencia
a incoerência
a sensação aguda
de estar em algum lugar
sem a ele pertencer.
.
É quase uma desevidência.
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Espero que a evidência
Bebida com a devida paciência
Invada com malevolência
A vossa consciência
Desfaça toda e qualquer indolência
E só no fim
Por clemência
Muitiplique enfim
Tudo isso que grita em mim...
.
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"No crepúsculo do dia
O inferno verde avança,
Cobre, escorre e esfria...
O vermelho quente, cansa.
A escuridão da noite chega,
O contraste se anuncia
E rostos escondidos nas pedras
Logo se evidenciam...
.
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Penetrar

Aonde foi
Aonde vai
Penetrar no caminho
Um carinho

Ir
E não voltar
Sair
Voar
Lugar
Luar

Como se fosse pelo vento levado

Renovar
Revoar

Ser novamente
O que ainda não foi
E perceber que aquilo que foi dito

SIMPLISMENTE

Equus




Pintura: Sr. do Vale

2,50m x 1,50m




Vasto e cansado valseio

uma canção de solitário solteiro coração,

galopa aloprado em fantasias e fantasmas;

custa muito dizer, se custa,

toma minhas flores, dores e amores e me deixe viver amada das cachoeiras,

mas antes do naufrágio faz um café e vamos fumar um cigarro amor.
Noslen ed azuos

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Virgem virtual vagueio

na canção

de saborosa e sorrateira pressão

uso galochas antiquadas

e fantasio com fantasmas

custo muito manter a virtude

toma minha testa

pele, festa

e me deixe saciada a vida inteira

mas antes do prazer

beije meu pé

e vamos renascer do barro

meu amor.


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Amigo

que anda calado

Um pouco afastado

Distância serena

Cavalo de fogo que rasga o breu desse lado do céu.

Alcança fantasmas

Aguardo teu julgamento

o juiz pede ao coro silêncio o réu despreza a culpa

Olhar encantado

Espectro de luz e asas no pé.

É luz azul

De áurea dourada de bichos tão meus.

Anjo que caí no abismo flutua no nada.

Particulas unidas

Corpos dstintos

Tormento da paz.

Silêncio e dor

Beleza, feiura

O sentimento

Medo e amor.

Uma chama

Alegoria

Perfil da alma

Clama!

Dança movimento que indica

detalha a particula de cada sentido.


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Diz a mitologia que assim

Pégaso nasceu

Depois que Medusa

Derrotada por Perseu

Seu sangue verteu

E desse sangue nasceu a beldade

Símbolo da imortalidade

O cavalo alado

Que voa à vontade

Pelo céu da eternidade

Pelo infinito horizonte

E, depois, Belerofonte

Com a ajuda de Atena

O domou de forma plena

E se meteram em tantas aventuras

E até matou a Quimera!

Quem dera que Belerofonte

Tivesse criado juízo

Mas, não!

O herói orgulhoso

Teve fim desastroso

Pois perdeu todo o seu siso

E tentou voar até o Olimpo

O que despertou a ira, o raio e o trovão

E, então, Zeus ofendido

Enviou vespa e ferrão

Fazendo nosso herói, assim,

Cair ao derradeiro chão

Mas Pégaso continuou o seu vôo sem fim

Não parou nunca mais, não

Agora voa, eterno:

Virou constelação.

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Ajoelha-te neste chão dos céus
Deixa que desmonte, cavalo alado
E me apeie na constelação de Pégaso
Como quem pode caminhar sobre estrelas…

Ajoelha-te brevemente e vai-te pelo espaço
Nessa liberdade equestre da vastidão celeste
Deixa que fique entre a espuma branca e fria
Saudade humana vagueando entre a poeira dourada de estrelas…

Inclina-te…pousa-me e segue o teu destino de Equus!

Azul


Pintura: Sr. do Vale

Em todos os sonhos
Restam a luz
Caminho
Correção de viver mais

O que saber?

Penetrar
Voar
Conhecer

E entre espaço e espaço
Reverter em pensamentos

Respirar

Sentir o corpo leve
Escalar a mente
Dominar o círculo do sol
A luz do dia
O calor

A cor do mistério

IOANES NULLIUS

Eu

Tenho minha visão do mundo
Como o mundo deve ter a minha
Posso voar com os pipas
Pelos emaranhados de linhas no azul
Como posso desatá-la da carretilha
Para que desalinhada
Siga a linha da vida
Ao encontro da Terra
Meus passos
São pingentes de metais
E aureolas de palhas
Que se cruzam
Nos diâmetros da paciência
Sou só
Como as estrelas do céu
Varando vidas
No etéreo