Alucinado

Pintura: Sr. do Vale
0,50m x 0,49m
Desfigura a tua cara
Mas mantêm o sentimento
Corre como o fogo levado pelo vento
Então se desfaz o tormento
Que vê
escorrega o pensamento
nas veias do contentamento
O poder da criação
Não carrega a ambição
Natural de toda vida
Fruto da alucinação
A morte
Quando a arte impressiona
Trás no tempo
O nascimento
Da mesma cor num outro momento
A despedida.
____________________________________________



Esse sou eu
é assim que me vejo
no espelho:
desfigurado
incendiado
o olho de lobo
fixo na presa
e você sem pressa
se estende nua
e lânguida no reflexo
do meu desejo.
____________________________________________

DEsfiguro-me em labaredas ardentes
que pulsam-me os dias quentes
de desejos febris.
Ah, essa descontrução de mim
que em ti crio chamas
de um nós cheio de ardis.
Junte-me os traços
criem-se laços
De um novo passo
-Alucinado-
que está por vir.
Fernanda Fernandes Fontes
____________________________________________


Alucinado
Ali
Se nado
Lúcido
Ou nada
Fado
Sem fada
Lido
Errado
Prosa acabada...
____________________________________________

Um pouco de mim perde a razão
se consome, arde em chamas
desvairado, indecente
se entrega em sacrifício
Inebriado se perde no caminho
Viajar sem destino
pó, fumaça, delírio
.
Um pouco de mim se encanta
rompe as amarras
camisa de força
espelho da alma
nos olhos da moça
que não sabe nada
deste alucinado mundo
.
Agora é tarde
agora já era
um pouco de mim se apressa
Digam-me bocas caladas,
já que a loucura não cessa,
quem trás a verdade?
Um pouco de mim não entende
insiste, alucinado, viagem,
seguir em frente.
____________________________________________

9 comentários:

Dona Sra. Urtigão disse...

Fiquei pasma(da) olhando o que senti tão terrível e na verdade era eu quem me sentia daquela forma,em desespero. Mas vai passar, passa rápido.

BIA disse...

Em silêncio...

Passo-lhe uma carícia nas labaredas da alucinação e dou a mão ao seu olhar.


BIA

Selena Sartorelo disse...

Desfigura a tua cara
Mas mantêm o sentimento
Corre como o fogo levado pelo vento
Então se desfaz o tormento
Que vê~
escorrega o pensamento
nas veias do contentamento
O poder da criação
Não carrega a ambição
Natural de toda vida
Fruto da alucinação
A morte
Quando a arte impressiona
Trás no tempo
O nascimento
Da mesma cor num outro momento
A despedida.

Olá meu querido amigo Sr. do Vale, as coisas que a tua arte consegue explicar rsrsr.....

Beijos,

Gigi Jardim disse...

Esse sou eu
é assim que me vejo
no espelho:
desfigurado
incendiado
o olho de lobo
fixo na presa
e você sem pressa
se estende nua
e lânguida no reflexo
do meu desejo.

Fernanda Fernandes Fontes disse...

DEsfiguro-me em labaredas ardentes
que pulsam-me os dias quentes
de desejos febris.
Ah, essa descontrução de mim
que em ti crio chamas
de um nós cheio de ardis.
Junte-me os traços
criem-se laços
De um novo passo
-Alucinado-
que está por vir.

Teu espaço me inspira, me preenche...prossiga...

Bjs

Salve Jorge disse...

Alucinado
Ali
Se nado
Lúcido
Ou nada
Fado
Sem fada
Lido
Errado
Prosa acabada...

Big clash disse...

Um pouco de mim perde a razão
se consome,arde em chamas
desvairado, indecente
se entrega em sacrifício
Inebriado se perde no caminho
Voejar sem destino
pó,fumaça,delírio

Um pouco de mim se encanta
rompe as amarras
camisa de força
espelho da alma
nos olhos da moça
que não sabe nada
deste alucinado mundo

Agora é tarde
agora já era
um pouco de mim se apressa
Digam-me bocas caladas,
já que a loucura não cessa,
quem trás a verdade?
Um pouco de mim não entende
insiste, alucinado, viagem,
seguir em frente.

:.tossan® disse...

A arte dá vida ao que está morto.
William Shakespeare, 1564-1616, poeta e dramaturgo inglês. Abraço

Ianê Mello disse...

Louca Obsessão


As loucuras que consomem
em labaredas de alucinação
tornam a vida do homem
uma louca obsessão

Tomado por pensamentos
obstinados de revelação
Pensa-se Deus e prega
seus braços em oração

Mas será religião
essa fé cega que o oprime
tirando-lhe a razão
ultrapassando o sublime?

Será essa a libertação
que busca em sua vida
como forma de salvação
para curar-lhe a ferida?

E encontrará nessa fé
resposta às indagações
ou se perderá mais até
em supremas divagações?

A resposta onde estará?
Fora de si, noutro lugar?
Ou quando para dentro se voltar
seu caminho encontrará?


Ianê Mello


Postei no blog novo " Diálogos poéticos".

Trata-se de um blog interativo.

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