Vaza na pele as gotículas de sangue, de dentro para dentro. A beleza do vento que sopra na brisa do mar, rasgante nas entranhas. O esculpido nas areias brancas, ali sentido sem sentido em que se perde gloriosamente na espuma de um ondular. Vento que sopra e sopra, do alto e lança o olhar por toda imagem para guardar em enigmas o que nunca se cansa de contemplar. Olhar a abstração, o cheio solar, envolto num véu de pequenas gotas de água improváveis, desocultando olhos de quem não crê em sentido, no sem sentido, que concebe no meio das brumas, o acreditar sem ver. A inteireza à volta, inspirar o ar límpido e puro, as palavras que sempre descem no oscular intenso, acariciando os pés descalços.
Faaaaaaaaala!!! Como diria aquele velho personagem do Casseta & Planeta, com sotaque lusitano: 'Isto não faz o menor sentido...' rsrsrsrsrs Sendo assim então, lá vai:
A dialética empírica corrobora A obra artística conceitual Prova cabal de forma oposta Que aposta as fichas em dados viciados Alimentado por um sistema em loop eterno Fechado num engradado degradado Degredado de um país distante Visto de um mirante mirabolante Na descida do teleférico feérico Esférico como o sol escaldante Como a barriga nua da bacante Como a cela de um sonho muito antigo Da amizade dos sem amigo A volta sempre encarcerada Até a inesperada encruzilhada Tudo muito sem sentido...
Que belo texto de Priscila Cáliga! Texto onde palavras soltam as mãos, desconectadas de elos, são de hipnotizar como as cores fortes e vibrantes que o sr do Vale utiliza em suas composições,
Abraçar uma árvore, acariciar os ramos. Beijá-la. Agachar-se diante uma flor, degustar os frutos e querer penetrar-lhe as entranhas. Proferir palavras inaudíveis, como no fazer uma oração, elogiando as pétalas, ao mesmo tempo os espinhos. Não ser um poeta que escreve tão somente poesia, mas um poeta da vida, que vive a vida como uma poesia.
Pedido de perdão a sí ou a outrem O Boi Um pterodátilo Vários fios ou rabos Essência de Dali Falicidade extemporânea Busca e encontro Inoriginalidade Formas pouco óbvias Indelírio Altacrítica Anteposição Religiosidade carente Escuridão atravessada Escadario Onde está a gostosa Poucos minutos um mago Outro escadario Quero descer Tudo aponta para cima Para dentro Egocentro Pirocentro Hemocentro Quase um lamento Da amplidão Minha descrição
13 comentários:
Vaza na pele as gotículas de sangue, de dentro para dentro. A beleza do vento que sopra na brisa do mar, rasgante nas entranhas. O esculpido nas areias brancas, ali sentido sem sentido em que se perde gloriosamente na espuma de um ondular. Vento que sopra e sopra, do alto e lança o olhar por toda imagem para guardar em enigmas o que nunca se cansa de contemplar. Olhar a abstração, o cheio solar, envolto num véu de pequenas gotas de água improváveis, desocultando olhos de quem não crê em sentido, no sem sentido, que concebe no meio das brumas, o acreditar sem ver. A inteireza à volta, inspirar o ar límpido e puro, as palavras que sempre descem no oscular intenso, acariciando os pés descalços.
Abraços.
Priscila Cáliga
Faaaaaaaaala!!!
Como diria aquele velho personagem do Casseta & Planeta, com sotaque lusitano: 'Isto não faz o menor sentido...' rsrsrsrsrs
Sendo assim então, lá vai:
A dialética empírica corrobora
A obra artística conceitual
Prova cabal de forma oposta
Que aposta as fichas em dados viciados
Alimentado por um sistema em loop eterno
Fechado num engradado degradado
Degredado de um país distante
Visto de um mirante mirabolante
Na descida do teleférico feérico
Esférico como o sol escaldante
Como a barriga nua da bacante
Como a cela de um sonho muito antigo
Da amizade dos sem amigo
A volta sempre encarcerada
Até a inesperada encruzilhada
Tudo muito sem sentido...
Abraço, irmão, abraço...
ML
Linda obra, e belos textos da Priscila e do Marcello que a acompanham. Aqui, deixo só minha admiração.
Beijo!
Sem palavras para comentar a imagem e os textos.
Belíssimos.
↓
Feito com muito sentido, acredito!
Valoroso...
Abraços!
Que belo texto de Priscila Cáliga!
Texto onde palavras soltam as mãos, desconectadas de elos, são de hipnotizar como as cores fortes e vibrantes que o sr do Vale utiliza em suas composições,
perfeito.
.~
Belo texto, profundo, me imaginei dentro da cena, sentindo a brisa do mar.
Tão bonito aqui.
posso ficar?
BeijooO'
Beijos, meu querido!
Tenha uma boa Noite!
Renata Cordeiro
Abraçar uma árvore, acariciar os ramos. Beijá-la. Agachar-se diante uma flor, degustar os frutos e querer penetrar-lhe as entranhas. Proferir palavras inaudíveis, como no fazer uma oração, elogiando as pétalas, ao mesmo tempo os espinhos. Não ser um poeta que escreve tão somente poesia, mas um poeta da vida, que vive a vida como uma poesia.
Abraços.
Priscila Cáliga
Sua arte é linda! Não me canso de olhar...Parabéns!
Visualmente incrível...
Ainda mais ouvindo Patty Smith
é sempre um prazer adentrar em seu espaço
abraço meu caro!
Pedido de perdão a sí ou a outrem
O Boi
Um pterodátilo
Vários fios ou rabos
Essência de Dali
Falicidade extemporânea
Busca e encontro
Inoriginalidade
Formas pouco óbvias
Indelírio
Altacrítica
Anteposição
Religiosidade carente
Escuridão atravessada
Escadario
Onde está a gostosa
Poucos minutos um mago
Outro escadario
Quero descer
Tudo aponta para cima
Para dentro
Egocentro
Pirocentro
Hemocentro
Quase um lamento
Da amplidão
Minha descrição
Salve Yorranes.
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