A Vigília

Pintura: Sr. do Vale
1,15m x 0,86m




Eu te espero hoje e sempre
vigio teu súbito despertar amarelo
me sento calma e quieta
também eu encrustrada na pedra
me sinto férrea e serena
estou calada
imóvel estou à tua espera
comedida à espreita tensa alerta
feito aquele gato rosa
que você insiste em manter na paisagem.
Senhora Loirinha Má
_____________________________


E ali jazia Prometeu
Vítima do fogo que deu
Eterna vigília
À espera
Da fera
Que todo dia
Lhe devoraria...
Salve Jorge
____________________________


Sons noites cores,
que tempo de chuva passadas, molha minhas certezas existenciais
Sol
e espero da semente a flor.
Digo, meus vários eus,
escondo vezes em suas rochas de gelatina;
quando quero prosear filosofia tem sempre um ‘em tua obra’
e quando quero namorar esqueço qualquer idéia,
procuro a ‘doida em suas obras’ e sempre acho,
nisso sempre me escapo.
Como é bom conhecer num súbito a verdade dos sons noites cores.
Noslen ed azuos
_____________________________

O abismo,
a violência
Sabe lá...
quem eu sou
A dor e a imprudência
o jornal estampou
Parei na esquina e
observei o tráfego
sinal vermelho
e o serviçal do tráfico
me abordou numa onda maquiavélica
Ele tem o poder,
arma de assalto leve
Sou das quebradas
por favor, considere
Que merda é essa
que ninguém entende
Sarney Collor Calheiros
Bandoleiros
Filhos da Puta
Cadê meu dinheiro?
Escrachei no verbo
e na palavra
que tudo vá às favas
Estou no alto da cidade
la observando o correr dos ratos
Estou na vigília,
estou no encalço,
Corda, forca, cadafalso
Big clash
_____________________________
Senti a respiração que sai da outra boca.
Não pode tocar
Anseia Espera
Em uma longa vigília que parece não terminar.
São muros vivos que carregam e sustentam o desejo de querer um pouco mais poder ver.
Não importa o tamanho da luz no meio do breu, tua intensidade é maior.
Selena Sartorelo

7 comentários:

Gigi Jardim disse...

Eu te espero hoje e sempre
vigio teu súbito despertar amarelo
me sento calma e quieta
também eu encrustrada na pedra
me sinto férrea e serena
estou calada
imóvel estou à tua espera
comedida à espreita tensa alerta
feito aquele gato rosa
que você insiste em manter na paisagem.

Salve Jorge disse...

E ali jazia Prometeu
Vítima do fogo que deu
Eterna vigília
À espera
Da fera
Que todo dia
Lhe devoraria...

M.PAUMARCH disse...

Sr. do Vale, sóc un català. Visc als Pirineus (is not spain!!!). Entro aquí a través de BIA (peito-aberto-pra-vida). Admiro la teva tècnica i creativitat i aquests resultats tant sorprenents. Jo també pinto virtual. Si vols visitar-me "ficaré" molt content.
Suposos que la meva adreça et quedarà, però per si un cas...:
http://llibertatatrebill.blogspot.com
Salut!

Noslen ed azuos disse...

Sons noites cores, que tempo de chuva passadas, molha minhas certezas existenciais Sol e espero da semente a flor. Digo, meus vários eus, escondo vezes em suas rochas de gelatina; quando quero prosear filosofia tem sempre um ‘em tua obra’ e quando quero namorar esqueço qualquer idéia, procuro a ‘doida em suas obras’ e sempre acho, nisso sempre me escapo. Como é bom conhecer num súbito a verdade dos sons noites cores.

Belas obras
ns

Big clash disse...

O abismo,a violência
Sabe lá...quem eu sou
A dor e a imprudência
o jornal estampou

Parei na esquina e
observei o tráfego
sinal vermelho
e o serviçal do tráfico
me abordou numa onda maquiavélica
Ele tem o poder,
arma de assalto leve
Sou das quebradas
por favor, considere

Que merda é essa
que ninguém entende
Sarney Collor Calheiros
Bandoleiros
Filhos da Puta
Cadê meu dinheiro?

Escrachei no verbo
e na palavra
que tudo vá às favas
Estou no alto da cidadela
observando o correr dos ratos
Estou na vigília,
estou no encalço,
Corda, forca, cadafalso

Selena Sartorelo disse...

Senti a respiração que sai da outra boca.
Não pode tocar
Anseia
Espera
Em uma longa vigília que parece não terminar.
São muros vivos que carregam e sustentam o desejo de querer um pouco mais poder ver.
Não importa o tamanho da luz no meio do breu, tua intensidade é maior.

beijos,

Dona Sra. Urtigão disse...

Vi, gostei.