30 cm x 30 cm
Estavam dois morangos a namorar
e o vento com força soprou-lhes os rostos
que ficaram pálidos
e rasgou e arrastou para trás as suas cores-de-morango,
tanto, tanto,
que ficaram com umas lindas cabeleiras vermelhas.
lenor
lenor
através do meu desejo
a face em febre
a despenteada cabeleira
a boca absoluta
de sorrisos alheios
e vontades.
Somos presentes
estamos nús e vermelhos
libertos de convenções sociais
olhamo-nos pelo espelho
reflexo de nós mesmos
e, mais que nos vermos,
nos queremos.
Imundos
Amantes
Inteligentes
Diferentes
por serem iguais.
_______________________________________
Quero vê-la
Quero retê-la
Quero o sal do seu suor
Quero a cor entrelaçando seus cabelos
Quero a profundidade de seu olhar
.
Quero a sensação
A relação
E saber que a razão está bêbada, sorrindo a toa.
Quero a ardência em cores quentes
E um lugar escuro por perto
Para que a timidez tenha seu lugar de refúgio.
.
Quero que saiba quem sou
Sem ao menos me olhar.
_______________________________________
parecem meio-demônios/
meio estranhos/
meio de outro lugar./
parecem esquisitos/
parecem perigosos/
parecem loucos de fome/
mas ficam nisso/
apenas parecem/
não aparecem/
nem desaparecem/
mas não fogem da página/
mas não voam do quadro/
mas não soltam fogo ou águas/
mas não dizem olá nem adeus/
são teus avós/teus pais/
ou são os meus?/são filhos dela são filhos nossos/
de vocês/
de todos nós/
ou são só teus?
9 comentários:
Estavacom saudades de passear por estas pinturas, de viajar por aqui...
Estavam dois morangos a namorar e o vento com força soprou-lhes os rostos que ficaram pálidos e rasgou e arrastou para trás as suas cores-de-morango, tanto, tanto, que ficaram com umas lindas cabeleiras vermelhas.
:)
Eu te vejo
através do meu desejo
a face em febre
a despenteada cabeleira
a boca absoluta
de sorrisos alheios
e vontades.
Somos presentes
estamos nús e vermelhos
libertos de convenções sociais
olhamo-nos pelo espelho
reflexo de nós mesmos
e, mais que nos vermos,
nos queremos.
Profundos
Imundos
Amantes
Inteligentes
Diferentes por serem iguais.
Quero vê-la
Quero retê-la
Quero o sal do seu suor
Quero a cor entrelaçando seus cabelos
Quero a profundidade de seu olhar
Quero a sensação
A relação
E saber que a razão está bêbada, sorrindo a toa.
Quero a ardência em cores quentes
E um lugar escuro por perto
Para que a timidez tenha seu lugar de refúgio.
Quero que saiba quem sou
Sem ao menos me olhar.
Ioanes Nullius
parecem meio-demônios/
meio estranhos/
meio de outro lugar./
parecem esquisitos/
parecem perigosos/
parecem loucos de fome/
mas ficam nisso/
apenas parecem/não aparecem/
nem desaparecem/
mas não fogem da página/
mas não voam do quadro/
mas não soltam fogo ou águas/
mas não dizem olá nem adeus/
são teus avós/teus pais/
ou são os meus?/
são filhos dela
são filhos nossos/de vocês/
de todos nós/
ou são só teus?
gosto dos seus desenhos!
abs
Juno
Salve, Ioannes!!! Este rubro casal tirou você do ostracismo! rs
Escreva sempre! ;o)
Salve, Juno!
Que poema!!! Uau!!!!
Divino conjunto...
Obra, criador, cores, formas e poemas...
Amei:
" Quero a cor entrelaçando seus cabelos
Quero a profundidade de seu olhar"
Como sempre tuas obras fazem meu coração navegar e não querer parar...Obrigada!!!!!!!!!!!!!
Beijos
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