Fragmentos

Pintura: Sr. do Vale
1,50m x 2,50m

Apesar das cores,
uma ausência...
Apesar da vida,
uma inexistência...
Apesar de tudo, tanto mundo em nós...
Seremos nós os autores do mundo?
Pedir-te-ia que morras comigo
se tivesse a certeza que renasceríamos juntos numa nova realidade.
Assim me quedo entre torrentes de mundo que jorra de mim... sentes?
___________________________________________________


Se tivesses só cinza teria a mesma expressão,
uma explosão de cores em solidão.
___________________________________________________

La llum i l'obscuritat es donen la mà.
Però quina és una i quina és l'altra?
la llum és la vida...?... o, potser, ho és la mort?
En realitat, són dues potes del mateix insecte: l'humà!!
___________________________________________________
Eis a geléia real!!
Eis a retomada da antropofagia...
cores que devoram espaços;
espaços que voam em cores...
___________________________________________________

Que cara é essa, João?
É uma cara de fome
é uma cara de sede
é uma cara de febre
é uma cara que treme
é uma cara que ferve.
É a mesma nossa cara, João.
A cara de poeta de sempre.
___________________________________________________

A deliciosa ligação entre a imagem e a palavra.
___________________________________________________

Suas cores são torrentes
de pura profusão que apropria-se das partículas dos sentimentos
sentidos fragmentando a razão.
___________________________________________________

Oh, guerreiro encantado
Que invade e transgride
E, inflamado, inflama almas alheias
Que narra as formas e as cores
Que vaga por todas as paisagens
Deslizando entre os vales sombrios
Até o cansaço dos olhos cessar
Até um novo brilho no olhar
.
Oh, ser que desintegra toda ausência de sentido
Que colore os entornos das formas já quase sem vida, disformes
Que em cada traço, anima
Que rima o espaço
Que usurpa os sentidos com sussurros de beleza nas asas do vento
Que traja a magia da luz em sua desnuda essência surreal

9 comentários:

Maria disse...

Apesar das cores,
uma ausência...

Apesar da vida,
uma inexistência...

Apesar de tudo, tanto mundo em nós...

Seremos nós os autores do mundo?

Pedir-te-ia que morras comigo
se tivesse a certeza que renasceríamos juntos numa nova realidade.

Assim me quedo entre torrentes de mundo que jorra de mim... sentes?



Abraço terno


BIA

Noslen ed azuos disse...

Se tivesses só cinza
teria a mesma expressão,
uma explosão de cores
em solidão.

Desencantou um progressivo psicodélico dos melhores Sr... Show.

Abraços
ns

M.PAUMARCH disse...

La llum i l'obscuritat es donen la mà. Però quina és una i quina és l'altra? la llum és la vida...?... o, potser, ho és la mort?
En realitat, són dues potes del mateix insecte: l'humà!!

Salut, Sr. do Vale.

Selena Sartorelo disse...

Suas cores são torrentes
de pura profusão que apropria-se das partículas dos sentimentos sentidos fragmentando a razão.

Marcello 'Maddy Lee' disse...

Graaaaaaaaaaaaande Valleyman!
Caro amigo, juro que tentei fazer uns versos pra homenagear essa que, desde já, se torna uma entre muitas das suas pinturas que eu mais gosto, mas a verdade é que o barulho aqui me tirou toda a inspiração que porventura eu poderia ter - um vizinho está derrubando paredes e trocando o piso, pode imaginar...
Mas tenha certeza que não passará, assim, em branco. Qualquer hora dessas eu volto aqui, só não sei quando.
Grande abraço!
ML

Sérgio Luyz Rocha disse...

Eis a geléia real!! Eis a retomada da antropofagia...cores que devoram espaços; espaços que voam em cores...

..saudades daqui, meu amigo...ando a mil...mas começo a reduzir as marchas e olhar tudo mais longamente...

Viva aí!!

Gigi Jardim disse...

Que cara é essa, João?
É uma cara de fome
é uma cara de sede
é uma cara de febre
é uma cara que treme
é uma cara que ferve.
É a mesma nossa cara, João.
A cara de poeta de sempre.

Mikas disse...

A deliciosa ligação entre a imagem e a palavra. Um beijo

faustodevil disse...

Oh, guerreiro encantado
Que invade e transgride
E, inflamado, inflama almas alheias
Que narra as formas e as cores
Que vaga por todas as paisagens
Deslizando entre os vales sombrios
Até o cansaço dos olhos cessar
Até um novo brilho no olhar

Oh, ser que desintegra toda ausência de sentido
Que colore os entornos das formas já quase sem vida, disformes
Que em cada traço, anima
Que rima o espaço
Que usurpa os sentidos com sussurros de beleza nas asas do vento
Que traja a magia da luz em sua desnuda essência surreal