Assimilação

A água imita o sapo na beira da lagoa

Libélula
Fisga meu olhar de pescador

Na outra margem as cigarras ruem o silêncio
E tudo flui em harmonia

Ereto o coqueiro no alto do morro
Alcança o azul
E se confunde com o próprio movimento do vento

O vento
A água
O mato

Libélula
Libélula
Pousa novamente em minha visão

(IOANES NULLIUS)

Um comentário:

Miro Gaspar disse...

Assimilação me faz rever alguns sentidos pedidos de mim mesmo.
Tens ideia, amigo, daquilo que me desperta?